23 de Janeiro de 2009. Creio que muitos, se não todos, aqui, se lembram desse dia e tem alguma história para contar sobre o momento em que passamos no vestibular da UFMG. Eu tenho a minha. Estava saindo do consultório de um oftalmologista, com as pupilas dilatadas, e recebo um telefonema de uma amiga me dizendo de uma provável lista. Saí correndo, em um dia de sol castigando meus olhos, à procura de um computador que confirmasse aquela informação. Eu não me dava conta, naquele momento, que o que vivia era uma bela metáfora do que estava por vir: a vida inundando de luz a alma com as pupilas dilatadas. O olho se contrai, se esforça para enxergar, delinear o mundo, mas a luz é maior. Hoje, cinco anos depois, me sinto da mesma forma. Em um esforço por delinear o sentimento que me toma, sinto a luz me arrebatar. Talvez porque a vivência seja muito parecida com a daquele dia: o fim e o começo, unidos, belos, provocantes. Qual a diferença, então, do momento de antes para o de agora? O que m