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Mostrando postagens de julho, 2014

speechless

23 de Janeiro de 2009. Creio que muitos, se não todos, aqui, se lembram desse dia e tem alguma história para contar sobre o momento em que passamos no vestibular da UFMG. Eu tenho a minha. Estava saindo do consultório de um oftalmologista, com as pupilas dilatadas, e recebo um telefonema de uma amiga me dizendo de uma provável lista. Saí correndo, em um dia de sol castigando meus olhos, à procura de um computador que confirmasse aquela informação. Eu não me dava conta, naquele momento, que o que vivia era uma bela metáfora do que estava por vir: a vida inundando de luz a alma com as pupilas dilatadas. O olho se contrai, se esforça para enxergar, delinear o mundo, mas a luz é maior. Hoje, cinco anos depois, me sinto da mesma forma. Em um esforço por delinear o sentimento que me toma, sinto a luz me arrebatar. Talvez porque a vivência seja muito parecida com a daquele dia: o fim e o começo, unidos, belos, provocantes. Qual a diferença, então, do momento de antes para o de agora? O que m

Era uma coisa sua que ficou em mim (que não tem fim)

- E aí, como vai você? (De todas as vezes que engoli o choro perto de você e meus sentimentos foram regados. Floresceu muita coisa aqui dentro. (...)    Veja bem, eu não te esqueci. Graças a Deus! nunca tive a intenção. Eu queria que você se tornasse meu, tão meu, que eu pudesse superá-lo. Minto. Na verdade isso aconteceu depois, naturalmente. Eu queria mesmo era que você se tornasse meu, tão meu, que eu pudesse ter a mim mesma. Eu achava que seria no seu  “sim ” que eu me encontraria, mas foi no seu  “não ” que isso aconteceu.    Primeiro, eu me perdi. É que era muito difícil conviver com minha dor. Não havia em meu corpo lugar possível para habitá-la, então tentei expulsá-la, matar você e meu sentimento. Mas aí eu entendi que ela precisava ficar. Dei-lhe morada. Por muito tempo, eram eu e minha dor andando por aí. Quem me olhava deveria me achar meio manca.    Mas uma dor nunca é só dor. É amor - e esse é o ponto mais importante. Na verdade não é um ponto, é o inteiro do q