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Mostrando postagens de junho, 2010

Caio de amores

Eu poderia postar apenas textos de Caio Fernando Abreu que estaria contando todas as minhas dúvidas e certezas diárias, todos os pensamentos "pensei-que-isso-só-acontecia-comigo" e verdades que julgo universais. Porque Caio fala da minha vida. E da sua. Uso os verbos no presente porque sua morte não calou a sua voz. A voz de sua alma que, ora tempestuosa, ora delicada, era colocada em suas palavras. Caio mexe no que há de mais profundo, e isso o torna exato. Sim, indecentemente exato. Chega a doer. A doer e a nos consolar, até quando nos julgamos inconsoláveis. Pois bem, não me atrevo a colocá-lo no passado. O tempo é uma limitação humana e Caio Fernando Abreu vai além das nossas limitações. Sua obra é livre para voar além dos tempos e voltar, ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, está enraizada, sólida, no momento em que é lida. Peço licença por falar de alguém que não precisa ser dito. Precisa ser lido. Talvez não tenha mesmo esse direito. Não obstante, ele também nã