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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Sobre estar só, eu sei.

Poeminha Sentimental O meu amor, o meu amor, Maria É como um fio telegráfico da estrada Aonde vêm pousar as andorinhas… De vez em quando chega uma E canta (Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!) Canta e vai-se embora Outra, nem isso, Mal chega, vai-se embora. A última que passou Limitou-se a fazer cocô No meu pobre fio de vida! No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo: As andorinhas é que mudam. Mario Quintana   De onde estava, olhava para o meu fio telegráfico de vida e, por - finalmente! - não haver nenhuma andorinha pousada, a sensação era de um sossego triste. Sossego, pois dá muito trabalho limpar cocô de andorinha; triste, porque também não posso ouvir nenhum canto assim. A sensação é de estar em uma imensa sala vazia sem decoração ou mobília. Não durmo em suspiro por antecipar uma alegria, nem concentrada em fazer a dor cessar, e parece que precisava de algo assim para saber que meu coração pulsa - mas, nada. Meu travesseiro é só