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Mostrando postagens de maio, 2010

Desordem natural das coisas

Como um edífício mal construído, você coloca cimento nas rachaduras da alma, e esconde por trás de cada sorriso, quão frágeis estão seus alicerces. Dentro de seu barco, sem porto nem horizonte, você rema, e se recusa a largar os remos, como se se assim o fizesse, o oceano te devorasse, e fosse tarde demais. Tarde demais? E o que seria esse "tarde demais"? Seria encarar o feio da situação, para dar à cansada Senhora Esperança o golpe final? Por vezes, é preciso justamente que ela agonize e morra, para que seu último suspiro signifique o nascimento de uma nova e vívida "meninazinha de olhos verdes", que trará todo sentido de volta, que talvez fará apontar um horizonte para o qual remar. É preciso que o edifício venha ao chão para reconstrui-lo mais forte em novos alicerces. Mas onde está a força? Você leu uma vez que, longe de covardia, desistir também é um gesto de coragem. E isso lhe falta. Frágil, você sabe que não conseguirá cravar no peito da velha senhora o punh