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Mostrando postagens de julho, 2010

Por cima do arame

"(...)Você não sabe, mas acontece assim quando você sai de uma cidadezinha que já deixou de ser sua e vai morar noutra cidade, que ainda não começou a ser sua. Você sempre fica meio tonto quando pensa que não quer ficar, e que também não quer - ou não pode - voltar. Você fica igualzinho a um daqueles caras de circo que andam no arame e de repente o arame plac! ó, arrebenta, daí você fica lá, suspenso no ar, o vazio em baixo dos pés. Sem nenhum lugar no mundo, dá para entender? (...)” Trecho do conto Uma praiazinha de areia bem clara , ali, na beira da sanga ; in: Os dragões não conhecem o paraíso, 1988, Caio F. Arrumar malas, desarrumar gavetas. Dizer "tchau", pegar o ônibus e partir - simples método utilizado todo fim de semestre ou início de feriado que sabemos de cor. Assim como sabemos de cor o número daquele disk-pizza de emergência, ou os horários dos ônibus que ligam uma cidade à outra. A gente tem que se acostumar, não é? Aprendemos a cozinhar (lembrando a cada