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Mostrando postagens de junho, 2015

O que você não sabe

- Como você faz para ouvir tudo isso e não se envolver?, perguntou ela, com seus olhos doces. (Quando eu era pequena, certa vez, me deparei com essas lembranças que entregam em missa de sétimo dia. Era uma família na foto, com um trecho da "Canção da América", do Milton Nascimento. Minha mãe me explicou que eram conhecidos dela, e morreram, todos, em um acidente. Aquela informação toda custou a entrar na minha cabeça. Aquilo destrancou a porta para a tristeza do mundo. O impacto daquele momento dura até hoje, porque quando escuto que amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, a voz pungente do Milton vai direto nessa chave que abre a porta da tristeza. Quando criança, também, o momento da missa que mais gostava era o de oferecer a "paz de Cristo". O estranho rosto ao lado se transformava em familiar exatamente nessa hora. Estávamos a um sorriso de nos tornar irmãos. Até hoje, por causa disso, essa hora é a que mais me agrada: o alcançar concret