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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Num único jato

(...não são as pessoas. Não sou eu. É o cheiro de verdade que fica quando a gente se abraça e que continua em mim quando elas partem. Tenho farejado a verdade feito um cachorro louco, e a vida tem feito minhas narinas vibrarem atentas ao menor vestígio dela. Se não encontra, volta amuado ou range os dentes, mas não fica. Estou cada vez mais intolerante a inverdades. Não sou eu. Não são as pessoas. É algo além de nós. É esse algo além de nós que entrelaça nossos fios na costura do invisível. Por que é que o homem resolveu brincar de costurar encontros com fios tão visíveis quanto frágeis, que se desfazem ao menor contato com o mais profundo do outro? Quem foi que disse a ele que ele era capaz de fabricar o infabricável? Ninguém entende que preciso desse cheiro quase como preciso respirar. Ninguém entende que preciso abraçar o invisível. Não há pessoa no mundo que consiga dimensionar a minha necessidade de ser amor antes, durante e depois. Nenhuma criatura que saiba que o que sustenta o