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Mostrando postagens de novembro, 2012

Adeus a Eros

Às vezes eu queria que nada tivesse acontecido. Que este instante fosse uma folha em branco em que pudesse escrever qualquer outra coisa que não esta história. Mas ele é todo feito de linhas – tortas ou não, riscos toscos, barulheira estética de traços sobrepostos, quase não dá para ler. Marcas. Muitas. Profundas. Eu ouvi demais, vi demais, e hoje carrego uma lucidez do que ficou que é ruim – apesar da confusão: paradoxo indigesto. Descobri que se águas passadas não fazem mover os moinhos, podem danificá-los permanentemente. E eu sou como um moinho que perdeu uma de suas hélices e, aos poucos, aprendeu a entrar no ritmo sem ela, mas Deus do céu! como por vezes eu queria a hélice perdida por uma realidade que me inundou. Mas na maior parte do tempo, não, não desejo que esta história não fosse escrita. Até porque não faz sentido desejar que uma coisa não seja o que é, pois caso não a fosse, sabe-se lá o que seria, e não tenho acesso a esse “sabe-se lá”. Eu sou, eu e minha história,